O flautista mais conhecido do Rio Grande do Sul e um dos maiores do país sepultado no sábado no Cemitério Jardim da Paz, ao som da música Carinhoso, de Pixinguinha. Paulo Cruz morreu na sexta-feira, aos 87 anos, em Porto Alegre, por complicações da doença de Parkinkson e de Alzheimer, que se acentuaram nos últimos dias. O músico estava internado desde a última quinta-feira.Ele já estava afastado dos shows há oito anos por causa dos problemas de saúde. Por causa disso, o flautista passou os últimos anos sob os cuidados da família.
Nascido em 1929, em São Jerônimo, na Região Carbonífera do Estado, Paulo Cruz, era filho do também flautista José Alves da Cruz, de quem herdou o gosto e o talento pela flauta. Ele veio com a família para a Capital em 1944. Durante sua carreira, participou de mais de 40 discos e somente aos 69 ajnos gradou seu primeiro CD como compositor e solista. Antes, atuou com músicos como Lupicínio Rodrigues, Altemar Dutra, Ângela Maria, Silvio Caldas, Jessé Silva, Túlio Piva, Nelson Gonçalves e Kleiton e Kledir.
Plauto Cruz era considerado como uma das maiores referências do choro no país.Reconhecido pela seu talento e pela influência na música do Rio Grande do Sul, em especial o choro, Paulo recebeu 60 condecorações, entre elas a medalha Simões Lopes Neto, concedida pelo governo do Estado do Rio Grande do Sul.
Viúvo, deixou os filhos Jairo, Marlene, Maria e Juliana, além de netos e bisnetos.
